Como funciona o tratamento de canal?
Entenda, sem mistério, o passo a passo do canal: por que é indicado, como é feito, quantas sessões são necessárias e os cuidados depois.
“Vou sentir dor? Preciso de quantas sessões? E o que acontece lá dentro do dente?” Se essas dúvidas passam pela sua cabeça, este guia é pra você. A ideia é explicar de forma simples como o canal é realizado e o que você pode esperar de cada etapa — para decidir com mais tranquilidade.
Quando o canal é indicado (resumo rápido)
O canal trata a polpa (nervo) do dente quando há dor persistente, sensibilidade ao quente que não passa, dor ao morder, fístula (carocinho na gengiva), inchaço ou após trauma. O diagnóstico é confirmado com exame clínico e radiográfico.
Passo a passo do tratamento
- Anestesia e isolamento: primeiro, o dentista controla a dor e isola o dente (mantém seco e seguro).
 - Acesso à polpa: é feita uma abertura milimétrica para alcançar os canais por onde passam nervos e vasos.
 - Limpeza dos canais: instrumentos delicados (manuais ou mecanizados) removem o tecido inflamado/infectado e modelam o canal.
 - Desinfecção ativa: soluções específicas limpam profundamente. Em alguns casos, são ativadas por ultrassom/sonic para maior alcance.
 - Obturação e selamento: os canais são preenchidos e selados para impedir nova contaminação.
 - Restauração e proteção: o dente é fechado com restauração; alguns casos (especialmente molares) pedem coroa para evitar fraturas.
 
Dói? E quantas sessões?
Com anestesia, o procedimento tende a ser confortável. Pode haver sensibilidade pós-operatória nos primeiros dias, controlada com orientações e analgesia.
- Casos simples: geralmente 1 sessão.
 - Infecção extensa, retratamento ou anatomia complexa: podem exigir 2 sessões.
 
O que influencia a duração e a complexidade
- Tipo de dente: molares têm 3–4 canais; incisivos/caninos, geralmente 1.
 - Curvaturas e calcificações: canais mais finos/curvos pedem técnica e tempo maiores.
 - Presença de pinos e retratamentos: aumentam o grau de dificuldade.
 - Tecnologia e exames: instrumentação mecanizada, ativação de irrigação, radiografias/tomografia e, quando indicado, microscópio.
 
Depois do canal: cuidados essenciais
Evite mastigar no lado do dente por 24–48h. Siga a prescrição e retorne para a restauração definitiva (e coroa, quando indicada). Dente tratado sem selamento adequado pode fraturar ou reinfectar.
Perguntas rápidas
Canal sempre precisa de coroa?
Não. Mas em molares e dentes com grande perda de estrutura, a coroa protege contra fraturas e aumenta a longevidade do tratamento.
É melhor extrair o dente?
Na maioria dos casos, preservar o dente natural é a melhor primeira opção. A extração exige reabilitação (implante/prótese) e pode sair mais caro no longo prazo.
Posso trabalhar no mesmo dia?
Em geral, sim. Prefira alimentos macios e evite esforço intenso nas primeiras 24–48h.








